terça-feira, 29 de setembro de 2009

♦ Emprego de HÁ e A



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Observe o emprego de e de a nos exemplos a seguir:

a) A próxima olimpíada será daqui a quatro anos.
b) O problema da dengue continua anos.
c) Acenderam a churrasqueira meia hora. Daqui a cinco minutos poderemos começar a comer.

Atenção! Usa-se a quando houver o sentido de tempo futuro, e (equifalente a faz) na indicação de tempo passado.

Observação: Veja estes exemplos, em que se costuma empregar erradamente o verbo haver:

a) Minha afirmação não tem nada há ver com você.
b) O alvo estava há mais de dois metros.





Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 11:40 | Categories:

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

♦ Pleonasmo


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"E quem sabe sonhavas meus sonhos por fim." (Cartola)
Nós vivemos uma vida feliz.

Nessas frases ocorre um pleonasmo, ou seja, a repetição de um mesmo termo ("sonhavas meus sonhos" e "vivemos uma vida").
Observação: Existe também o pleonasmo vicioso, que é um vício de linguagem. Ocorre quando a repetição do termo é considerada desnecessária ("subir para cima", "descer para baixo", "entrar para dentro", etc.).


PLEONASMO: é a repetição de um termo, para reforço ou realce de uma ideia.



Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.

Posted on 11:37 | Categories:

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

♦ Hipérbole


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"... Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira." (Carlos Drummond de Andrade)

"Rios te correrão os olhos, se chorares." (Olavo Bilac)

Nos versos de Drummond, percebe-se um exagero na ideia de que a poesia irá "inundar" a vida. No verso de Bilac, as lágrimas serem comparadas aos rios também é um exagero.
Observação: Apesar de os nomes serem parecidos, é preciso não confundir hipérbato (inversão da ordem direta) com hipérbole (uso exagerado de um pensamento ou de uma expressão).


HIPÉRBOLE: é uma figura de linguagem que ocorre quando se usa, intencionalmente, uma palavra ou expressão exagerada, geralmente para dar maior ênfase à frase.



Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.

Posted on 18:43 | Categories:

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

♦ Personificação ou Prosopopeia

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"Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?"


ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973.
Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond.
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No poema de Drummond, as palavras agem como se fossem uma pessoa dialogando com o leitor sobre a sua capacidade de entendê-las. Essa atribuição de dar vida às palavras chama-se personificação.
PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA: é a atribuição de atitudes e outras características de seres animados a seres inanimados, irracionais ou abstratos.
Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 11:43 | Categories:

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

♦ Hipérbato

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"Fica decretado que agora vale a verdade,
que agora vale a vida,
e que de mãos dadas
trabalharemos todos pela vida verdadeira."


MELLO, Thiago de. Faz escuro mas eu canto.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

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Fica decretado que a verdade vale agora,
que a vida vale agora,
e que todos trabalharemos pela vida verdadeira,
de mãos dadas.

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Os termos da oração não estão na ordem direta nos versos da coluna de cima, o que constitui hipérbato. Colocando-os na ordem direta, ficaria como está na coluna de baixo.


HIPÉRBATO: é uma inversão da ordem direta dos termos da oração.



Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 12:44 | Categories:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

♦ Eufemismo

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No 2° quadrinho, Hagar responde à sua esposa Helga: "Vou me levantar sempre que a natureza exigir". Ele usa uma expressão mais polida ou educada; em vez de falar "Vou me levantar sempre que precisar ir ao banheiro", suaviza o significado da expressão tornando-o mais agradável ao leitor, e cria, assim, um eufemismo.
EUFEMISMO: é a substituição de uma palavra ou expressão para suavizar ou atenuar intencionalmente seu significado.
Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 13:18 | Categories:

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

♦ Metonímia

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"O bonde passa cheio de pernas
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração."

ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro:
Record, 2001. Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond.
O eu lírico (aquele que "fala" no poema) refere-se às pessoas que estão no bonde, e não apenas às pernas das pessoas brancas, pretas e amarelas. Nesse caso, ocorre a substituição de um termo por outro. Essa figura de linguagem é conhecida como metonímia.
METONÍMIA: é a substituição de uma palavra por outra com a qual tenha relação de semelhança de sentido.
Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 15:47 | Categories:

sábado, 19 de setembro de 2009

♦ Antítese

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Na tira acima, há uma oposição de ideias - chamada antítese - em que se vê o sentido contraditório entre as palavras adoram e detestam, como também em amor-ódio.

ANTÍTESE: evidencia a oposição ou o sentido contrário das palavras ou ideias.

Fonte: livro Oficina de Redação - editora Moderna.

Posted on 17:58 | Categories:

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

♦ Metáfora

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"Deixa em paz meu coração
Que ele é um pote aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água"

HOLLANDA, Chico Buarque de. "Gota d'água".
Disponibilidade: http://www.chicobuarque.com.br (acesso em 21 fev. 2003)
Nesse texto ocorrem duas comparações: o coração é comparado a um pote cheio de mágoa e a desatenção à gota d'água que faz o pote transbordar. Cada uma dessas comparações está subentendida, já que não são explicitamente empregados elementos comparativos.
METÁFORA: é uma figura de linguagem que emprega uma palavra em sentido figurado, baseando-se em uma comparação subentendida entre dois termos.
Posted on 12:30 | Categories:

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

♦ Figuras de Linguagem

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Há inúmeras figuras de linguagem: comparação, antítese, personificação, metonímia, eufemismo, hipérbato, hipérbole e pleonasmo.

Nessa letra de música, há algum jogo com as palavras meta e lata (que substitui o termo palavra no texto), para mostrar que o poeta usa as palavras com extrema liberdade, dando-lhes uma conotação expressiva. Ele cria novos termos, tal a riqueza dos significados que confere à própria palavra.

Como diz o texto, na palavra (lata) do poeta cabem o incontível e o inatingível, por isso ele não a emprega com um conteúdo determinado ou exato, mas de forma figurada (metáfora), cheia de imagens, permitindo ao leitor várias interpretações.

FIGURAS DE LINGUAGEM: são recursos semânticos usados para realçar e dar maior expressividade às palavras, permitindo empregá-las num sentido diferente da significação convencional a que se está habituado.

♦ Comparação:

"A tua mão é dura como casca de árvore. Ríspida e grossa como um cacto." (Cassiano Ricardo)


"O poema é como um gole d'água bebido no escuro." (Mário Quintana)

No trecho de Cassiano Ricardo, a mão do personagem, por ter calos, ser escamada e seca, é comparada à casca da árvore. No de Mário Quintana, o poema é comparado ao gole d'água, ou seja, àquilo que mata a sede de poesia , de encanto. E não é um gole d'água qualquer, mas aquele bebido no escuro, sentido com maior intensidade por quem está privado de um de seus sentidos.

Quando a conjunção como ou outros elementos comparativos (tal qual, assim como, tão... quanto, tanto...quanto, etc.) estiverem expressos na frase, a figura de linguagem chama-se comparação.

COMPARAÇÃO: é uma figura de linguagem que estabelece uma relação de semelhança entre duas palavras ou expressões, atribuindo características de um termo a outro por meio de um elemento comparativo explícito.


Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.

Posted on 15:26 | Categories:

terça-feira, 15 de setembro de 2009

• Denotação e Conotação

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DETONAÇÃO: é o emprego de uma palavra ou expressão no sentido real. A significação é atribuída de modo objetivo.

Os textos informativos (científicos e jornalísticos), por serem, em geral, objetivos, prendem-se ao sentido denotativo das palavras. Vejamos o texto abaixo, em que a linguagem está estruturada em expressões comuns, com um sentido único.

Canibalismo entre insetos

Seres que nascem na cabeça de outros e que consomem progressivamente o corpo destes até aniquilá-los, ao atingir o estágio adulto. ... Esse é um enredo que mais parece de ficção científica. No entanto, acontece desde a pré-história, tendo como protagonistas as vespas de certas espécies e as paquinhas, e é um exemplo da curiosa relação dos ‘inimigos naturais’, aproveitada pelo homem no controle biológico de pragas, para substituir com muitas vantagens os inseticidas químicos.
(Revista Ciência Hoje, nº 104, outubro de 1994, Rio, SBPC)



CONOTAÇÃO: é o emprego de uma palavra ou expressão no sentido figurado. Há a plurissignificação, ou seja, a significação é ampliada ou modivicada subjetivamente, e o sentido é entendido ou esclarecido pelo contexto.

O Rio Design Center acaba de ganhar um novo piso.Marmoleumo piso natural.

(Revista Veja Rio, maio/junho,96)

O anúncio tem aí um duplo sentido, pois transmite duas informações:

1. O Rio Design Center ganhou uma nova loja - PAVIMENTO SUPERIOR -onde estão à venda pisos especiais;

2. Nesta loja é possível encontrar o material para piso, importado da Holanda, que se chama Marmoleum.

Na frase que fecha o anúncio, desfaz-se a ambiguidade: "Venha até a (ao invés de o) Pavimento Superior e confira esta e outras novidades de revestimentos para pisos". Mas a frase de abertura faz pensar em outros sentidos: o centro comercial ganhou um novo andar, um novo pavimento, ou ganhou um revestimento novo em todo o seu piso, em todo o seu chão.


Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna
Posted on 11:34 | Categories:

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

• Bilhete

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O texto do bilhete deve ter o nome do destinatário, uma mensagem breve e simples, tanto na forma como no conteúdo, desfecho e o nome do remetente com data.

Em geral, o bilhete é escrito com uma finalidade prática e objetiva. O remetente, por exemplo, pode querer avisar que foi ao supermercado ou que foi estudar na casa de um(a) colega.

Um bilhete poético:
No poema abaixo, o conteúdo surpreende por ser a sugestão de como a Amada deve amar: em silêncio, sem alardes, com tranquilidade e mansidão.

Para criar este texto literário, foram usadas algumas características de outro gênero textual: o bilhete.

"Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda..."


QUINTANA, Mário. "Bilhete". Nariz de vidro. São Paulo: Moderna, 1993.



BILHETE: é um pequeno texto escrito em linguagem informal que transmite uma mensagem simples e objetiva entre familiares, amigos ou colegas.


Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 12:27 | Categories:

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

• Cartão-Postal

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O cartão-postal é um dos diversos gêneros textuais usados no cotidiano com diferentes finalidades, assim como o cartão, o bilhete, o convite, o telegrama, a carta pessoal ou familiar, o e-mail.

Nesses textos cotidianos, há o remetente, aquele que envia a mensagem, e o destinatário, aquele que recebe a mensagem enviada. Nesse cartão-postal o remetente é a mãe, Ana, e o destinatário, o filho, Lucas.

A linguagem varia conforme a situação estabelecida entre os interlocutores. A linguagem formal segue a norma culta e é usada em situações formais, como uma entrevista para obter emprego. A linguagem informal apresenta uma estrutura mais solta, em que é possível usar até mesmo gírias e repetições, e é usada em situações informais, como um diálogo entre amigos.

A língua oral pode ser formal ou informal, dependendo do contexto em que se dá a comunicação. Um telejornal, por exemplo, em geral apresenta linguagem formal. Já a narração de um jogo de futebol ou corrida de automobilismo apresenta linguagem informal.

Observe, no cartão-postal acima, que a linguagem é informal; trata-se de uma correspondência entre pessoas conhecidas.

O cartão-postal é normalmente usado por turistas que, para expressar suas impressões sobre o lugar onde estão, enviam uma mensagem curta a familiares ou amigos.

Na frente do postal, pode haver uma ou mais imagens do(s) lugar(es) turístico(s), para que se tenha uma ideia do local visitado. No verso do postal, coloca-se o endereço do destinatário e a breve mensagem, iniciada pelo vocativo ("Querido Lucas"). Segue-se um curto relato os passeios realizados ou novas experiências vividas. No final, devem constar a assinatura do remetente ("Sua mãe, Ana") e a data.

Convites para lançamentos de livros, aberturas de exposições de arte, promoção de produtos, inauguração de grandes estabelecimentos comerciais, etc. também podem ter a forma de um cartão-postal. É comum, nesses casos, colocar na frente do postal uma ilustração alusiva ao acontecimento ou produto anunciado. Por exemplo, a imagem de uma peça de roupa, de uma obra de arte, a capa de um livro, etc.


GÊNERO TEXTUAL: é um conceito geral que engloba textos com características comuns em relação à linguagem, ao conteúdo e à estrutura, utilizados em determinadas situações comunicacionais, orais ou escritas.


Fonte: livro Oficina de Redação - Editora Moderna.
Posted on 15:14 | Categories: